segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Hoje falarei de um "causo" no bairro onde moro faz mais de 20 anos. Numa época em que o supermercado eram poucos e tinham sim quintanda. Ambos fechavam de domingo, funcionavam das 8 às 18h ou 20h, etc., e não é essa expansão que há nos tempos modernos. Açougue então nem se fala. Açougue eram encontradas somente fora de supermercados e dos freezeres de muitas lojas de rua.
Como eu trabalhava durante o dia, comprava carne num açougue na volta para a casa durante a semana. Porque a loja formava fila durante o final de semana e na manhã de sábado fazia faxina em casa. Típico né?
Eu chegava no açougue e sempre pedia para cortar uma peça que estava na geladeira. Sabia que era uma forma de enganar o meu cérebro, achando que a carne estava refrigerado, etc. etc. etc.
Até que um dia eu vi a entrega de peças de carne e quase potei o almoço para fora. Carro com refrigeração desligada, a roupa dos carregadores nojento, mas o que mais me deixou enojada foram as botas. O calçado que pisava na rua (onde eu andava) andava pelo piso do caminhão e, principalmente, onde o cara colocava as peças separadas da loja. Prometi a mim mesma que nunca mais compraria carne em açougue de rua. Só que fiquei na minha, porque as minhas neuras são só minhas e não preciso soltar aos 4 ventos. Sendo que na época havia feiras livres que vendiam carnes sem refrigeração.
Pensado bem, eu não tive diarreias graves por Deus.
Onde compro carne hoje? Em supermercados onde tem normas e a fiscalização está atenta. Se estou segura? Acho que não e continuo enganando o meu cérebro. O que os olhos não vem, o corpo e a mente não sentem.

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